terça-feira, 29 de junho de 2010

A descoberta





Foi quando recebi a notícia de que havia contraído Hepatite C. Foi como se tudo que me acontecera de ruim, caísse naquele momento sobre minha cabeça. Não tem, não existe explicação cabível para descrever meu sentimento naquele momento. Foi horrível! Eu só conseguia produzir lágrimas que desciam pesadas e, junto com elas, o desespero íntimo,
seguidos de muitas noites em claro. Considero estes momentos como os mais difíceis e de muita dor. Não a dor física que com o tempo vai desaparecendo. Mas, talvez, a mais das temerosas e marcantes dores que um ser humano pode sofrer: a dor da alma.
Após passado a crise, tive que pensar sobre o que viria pela frente. Como seria o tratamento? Aí então, começou uma agitação em meu interior. Como enfrentaria o que viria pela frente? Difícil descrever meus sentimentos. Eram uma mistura de tristeza, revolta, falta de fé, falta amor... A minha vontade era dizer a todos que, apesar de meus esforços, EU, naquele momento, não tinha respostas suficientes para analisar o que sucederia adiante.
Eu estava triste, muito triste mesmo.
Minha vida parecia não possuir mais sentido.
Nesse meio tempo, enfrentei a primeira etapa do tratamento: a biópsia.
Recordo-me nitidamente que minha mãe estava diante de mim antes de eu adentrar a sala de procedimentos. Confesso que senti a insegurança dela através dos meu olhos. Perdi o chão, mas diante disso não podia fraquejar!

3 comentários:

  1. Nossa, me deu vontade de chorar!
    Te amo!

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  2. Esse blog promete ser muito bom. Histórias assim, reais e bem contadas tocam o coração de todos que as lêem.
    Parabéns pela iniciativa e disposição em relatar o seu sucesso.

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  3. Essa blog vai ficar maravilhoso.

    Contar sua história e a caminhada no tratamento da Hepatite C pode ajudar não só você, mas milhares de outras pessoas que têm essa doença.

    Um grande abraço,
    sua sobrinha, Estela.

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